APOSENTADORIA EM OUTRO PAÍS

Há muitos anos, depois de passar uma temporada na Tailândia, tomei consciência de um fato que não tinha visto antes. Pessoas, principalmente homens, que se aposentam e vão morar em outro país.

Na Tailândia é muito comum encontrar ingleses, alemães, americanos… aposentados que fixam residência por lá. Investindo no país e seguindo algumas regras , eles podem conseguir o visto de longa duração.

Uma das razões é a moeda forte dos países destes aposentados. O que em seus países de origem seria pouco, ou suficiente para a sobrevivência, na maioria dos países do sudeste asiático, eles podem viver de maneira confortável, e sendo homem, independente do quão idoso ele é, não é um problema encontrar uma companheira.

Eu , mesmo com o nosso Real fraco, pensei que seria interessante morar em outro país após a aposentadoria. Porém, agora mais velha, penso que este sonho não faz muito sentido. Se é para economizar, acho melhor fugir dos grandes centros urbanos e procurar uma pequena cidade no Brasil onde o custo de vida é mais barato e a segurança maior. Não seria melhor viver de forma mais econômica no próprio país e viajar por um mês ou alguns meses e viver em lua de mel com o destino escolhido? ( quando somos turistas, geralmente idealizamos o lugar em que estamos )

Ter que aprender uma nova língua para se integrar na nova sociedade na qual estamos vivendo e criar novas amizades é trabalhoso. Nesta fase da vida, em geral, queremos menos trabalho, caso contrário não teríamos nos aposentado. 😉

No lado emocional, ter a família e amigos de toda uma vida por perto faz muita diferença quando estamos mais velhos. O suporte afetivo e as nossas raízes são elementos fortes que não devemos desprezar. Nós, latinos, temos , em geral , laços fortes com nossos familiares e amigos. Eles são nosso porto seguro nos momentos em que nos encontramos mais frágeis, seja emocionalmente ou fisicamente.

Quando se é jovem, acho excelente ter a experiência de morar fora por um tempo , até mesmo para valorizar o nosso país e tomar consciência de que não existe um lugar perfeito. Vivenciar outra cultura e hábitos nos tornam menos críticos e passamos a aceitar a diferença e questionar a definição do que é certo ou errado.

Na vida acho primordial investir no auto conhecimento para que tenhamos consciência do que é realmente importante para nós e não nos deixamos influenciar por modismos ou tendências. Devemos ser pensadores e não seguidores.

Se é para seguir alguém, que seja eu mesma.

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